2006/10/11

- Vamos lá então ver o que escreveu a minha pequena Isabel de Aragão, mas antes aceito uma bebida.
- Estás louco! Nunca mais digas esse nome, não assim! Bolas, parece que não tens nada na cabeça tu! Às vezes, não sei porque é que te escolheram para guardião...
- Pronto pronto desculpa lá. Que nervosinha que estamos hoje. Relaxa um pouco olha que isso faz-te mal.
Já na sala e enquanto Helena preparava umas caipirinhas para ambos, não conseguia deixar de se sentir um tanto ou quanto angustiada, fora um pouco brusca para Tó, fora apenas um gracejo que aos ouvidos de qualquer outro não queria dizer nada, e no entanto para ela e para a marca que trazia consigo queria dizer tanto.
- Bem Tó, desculpa fui um pouco brusca e não queria dizer aquilo, tu és sem sombra de duvida o melhor guardião que o Templo já teve. Nunca em 888 anos houve um como tu.
- Como nós queres tu dizer, ouve Helena, eu sei que é um fardo é por isso que eu acredito no Oculto e nos Mestres. Porque ter-mo-nos encontrado não foi obra do acaso. Mas agora vamos lá ler esse teu best-seller.
Em frente ao monitor o rosto de Helena estava branco e Tó não conseguia acreditar no que estava a ler.
- Não fui eu, juro que não escrevi nada disto, eu nem sei latim, juro...
"Non nobis, Domine, non nobis, sed nomini Tuo da gloriam" brilhava em toda a sua gloria no ecrã do computador.